31 janeiro 2011

Expectativas, intenções, previsões e promessas

“Amanhã faremos a reunião”; “na segunda-feira começarei a dieta”; “te pagarei amanhã”. Essas frases e muitas outras do mesmo tipo são ditas e ouvidas por nós todos os dias. Essas frases me fazem pensar no tempo e como o encaramos nossas vidas. Muitas vezes entendemos nossas vidas muito em relação ao futuro.Pensamos a todo tempo o que faremos a seguir, nas coisas que ainda não fizemos, nos anseios futuros (reais ou imaginários). Em outros momentos estamos no passado. Lembrando do que aconteceu, de como foi, de ocmo gostaria de ter sido, e também para justificar e validar nossas promessas, “bem, você me conhece quando eu digo que estarei lá, eu estarei”; “você sabe que sempre cumpri minhas promessas”. Mas a vida é o que acontece no presente, na verdade somente no aqui e agora é que podemos afirmar com toda certeza e podemos ser honestos conosco e com os outros. Para o futuro só podemos ter expectativas, intenções, previsões e promessas.


Para o futuro podemos ter expectativas. Elas são desejos, sonhos, vontades, que, nem sempre são muito claras para nós, mas que, de alguma forma, direcionam nossas motivações e ações, é algo mais difuso, mas que sentimos como presente.

As intenções são mais claras que as anteriores, são um pouco mais objetivas e geralmente consigo formulá-las: “ eu gostaria de fazer uma academia”; “eu quero estar lá com você nesse dia”, elas podem direcionar mais nossas ações mas também podem nos aprisionar num mundo de idealizações. Para muitas pessoas a boa intenção é o que vale, mesmo que não gere frutos positivos. Envolve nossa vaidade também, nos sentimos bem tendo boas intenções.

Podemos ter previsões, que geralmente envolve a noção de tempo: “amanhã eu ligarei para você”, “o relatório deve ser entregue até sexta-feira”. As previsões trazem a obrigatoriedade de projetarmos nossas intenções no tempo. Temos que dar datas para isso e aquilo, mas sabemos que são previsões, ou seja, podem ou não acontecer desta forma.

As promessas envolvem o comprometimento com as previsões. Faremos o que for preciso para cumpri-las. Neste momento assumimos os ônus e os bônus das promessas. Por um lado prometer algo faz com que encerremos um assunto. “Está resolvido”. E assim podemos nos ocupar de outras coisas, mas também pode gerar ansiedade, afinal queremos que tudo saia conforme prometemos e sabemos no nosso íntimo que não temos controle de todas as variáveis.

Em todos os casos não temos como garantir que a coisa acontecerá da forma que planejamos. Não quero dizer que o planejamento não é importante, muito pelo contrário, ele é uma das capacidades humanas mais elevadas. Quero dizer que termos expectativas, intenções, previsões e fazermos promessas são importantes, mas não suficientes. A atitude do fazer, do realizar hoje, no aqui e agora é fundamental. Não espere somente aja. A atitude “hands on” tem sido valorizada cada vez mais no mercado de trabalho. As empresas a procuram, em todos os níveis hierárquicos, pessoas capazes de fazer acontecer, tipo “mão na massa”, mas sem perder de vista a capacidade de planejar, ter expectativas e sonhar.



Autor: Rogério Baptista. Psicólogo, Palestrante e Consultor de empresas.

www.institutovivenciar.com.br

http://rogeriobaptista.blogspot.com/

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Expectativas, intenções, previsões e promessas

“Amanhã faremos a reunião”; “na segunda-feira começarei a dieta”; “te pagarei amanhã”. Essas frases e muitas outras do mesmo tipo são ditas e ouvidas por nós todos os dias. Essas frases me fazem pensar no tempo e como o encaramos nossas vidas. Muitas vezes entendemos nossas vidas muito em relação ao futuro.Pensamos a todo tempo o que faremos a seguir, nas coisas que ainda não fizemos, nos anseios futuros (reais ou imaginários). Em outros momentos estamos no passado. Lembrando do que aconteceu, de como foi, de ocmo gostaria de ter sido, e também para justificar e validar nossas promessas, “bem, você me conhece quando eu digo que estarei lá, eu estarei”; “você sabe que sempre cumpri minhas promessas”. Mas a vida é o que acontece no presente, na verdade somente no aqui e agora é que podemos afirmar com toda certeza e podemos ser honestos conosco e com os outros. Para o futuro só podemos ter expectativas, intenções, previsões e promessas.


Para o futuro podemos ter expectativas. Elas são desejos, sonhos, vontades, que, nem sempre são muito claras para nós, mas que, de alguma forma, direcionam nossas motivações e ações, é algo mais difuso, mas que sentimos como presente.

As intenções são mais claras que as anteriores, são um pouco mais objetivas e geralmente consigo formulá-las: “ eu gostaria de fazer uma academia”; “eu quero estar lá com você nesse dia”, elas podem direcionar mais nossas ações mas também podem nos aprisionar num mundo de idealizações. Para muitas pessoas a boa intenção é o que vale, mesmo que não gere frutos positivos. Envolve nossa vaidade também, nos sentimos bem tendo boas intenções.

Podemos ter previsões, que geralmente envolve a noção de tempo: “amanhã eu ligarei para você”, “o relatório deve ser entregue até sexta-feira”. As previsões trazem a obrigatoriedade de projetarmos nossas intenções no tempo. Temos que dar datas para isso e aquilo, mas sabemos que são previsões, ou seja, podem ou não acontecer desta forma.

As promessas envolvem o comprometimento com as previsões. Faremos o que for preciso para cumpri-las. Neste momento assumimos os ônus e os bônus das promessas. Por um lado prometer algo faz com que encerremos um assunto. “Está resolvido”. E assim podemos nos ocupar de outras coisas, mas também pode gerar ansiedade, afinal queremos que tudo saia conforme prometemos e sabemos no nosso íntimo que não temos controle de todas as variáveis.

Em todos os casos não temos como garantir que a coisa acontecerá da forma que planejamos. Não quero dizer que o planejamento não é importante, muito pelo contrário, ele é uma das capacidades humanas mais elevadas. Quero dizer que termos expectativas, intenções, previsões e fazermos promessas são importantes, mas não suficientes. A atitude do fazer, do realizar hoje, no aqui e agora é fundamental. Não espere somente aja. A atitude “hands on” tem sido valorizada cada vez mais no mercado de trabalho. As empresas a procuram, em todos os níveis hierárquicos, pessoas capazes de fazer acontecer, tipo “mão na massa”, mas sem perder de vista a capacidade de planejar, ter expectativas e sonhar.



Autor: Rogério Baptista. Psicólogo, Palestrante e Consultor de empresas.

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